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  • Foto do escritorNatália P. Castro

Chovendo no molhado – DIETAS LOW CARB – Parte I


A sensação que eu tenho é de que estamos “chovendo no molhado”, já que frequentemente começamos ou terminamos um texto falando sobre a nossa recomendação enquanto nutricionistas: levar a alimentação sem radicalismos, ou seja, com moderação. Desta forma é possível comer tudo (claro, que há exceções, como as pessoas que apresentam algum problema de saúde). Caso haja dúvidas quanto a definição do que é a “quantidade moderada” para você, procure um nutricionista.Pois bem: essa semana fomos bombardeados por uma série de notícias relacionadas a alimentação que questionam a conduta que muitos nutricionistas formados praticam em consultório. É por isso que, hoje, vimos aqui instigar a dúvida em você, caro leitor. Será que uma dieta “low carb” (ou com quantidade reduzida de carboidratos) é adequada para a perda de peso? Na parte II, discutiremos se o consumo de vinho diariamente é saudável e na parte III responderemos se comer após determinado horário da noite promove o ganho de peso.


Às notícias:

Resumidamente, os carboidratos são moléculas que, ao sofrerem quebra, liberam energia para que as células consigam funcionar. O cérebro, por ser rico em neurônios, é um dos órgãos que mais demanda carboidratos do corpo humano. As funções como pensamento, memória e aprendizado estão intimamente relacionadas às concentrações plasmáticos de carboidratos. Por isso, o consumo desse nutriente é de extrema importância.

A notícia acima foi publicada a partir de um artigo da Lancet, periódico importantíssimo no meio científico. No trabalho, os autores mostraram que:

  • Numa população americana de 15.428 adultos entre 45 e 64 anos recrutados entre 1987-89 e que foram à consultas médicas regulares até 2017, o maior número de mortes foi observado na população que comeu menor quantidade de carboidratos.

  • O menor número de mortes ocorreu na população que consumia quantidades moderadas de carboidratos, ou seja, nem muito e nem pouco.

Como se isso não tivesse sido suficiente para provar que o consumo reduzido e elevado de carboidratos aumentava o risco de morte, os autores atualizaram uma metanálise previamente publicada em 2012 (estudo que reune todas as publicações da literatura sobre o tema). Na metanálise, que incluiu 432.179 pessoas, confirmou-se que o maior número de mortes estava entre os grupos que consumiam menores e maiores quantidades de carboidratos.

Ou seja, em longo prazo, o consumo restrito ou abundante de carboidratos não só não é saudável, mas reduz a expectativa de vida. Assim, nada de extremismos na hora de pensar a alimentação, ok? E, na dúvida, procure um nutricionista.

Referências

Acesso em: 03/09/2018

Acesso em: 04/09/2018

Acesso em: 04/09/2018

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