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  • Foto do escritorNatália P. de Castro

O essencial: carboidrato


Muito se fala sobre os carboidratos, mas, geralmente, quem muito fala dele, pouco conhece sobre ele e sobre a importância que este nutriente tem para a manutenção da vida. Por isso, hoje, vamos esclarecer algumas coisas sobre esse macronutriente tão essencial e visto como inimigo por alguns.


Carboidratos são macronutientes (nutrientes que precisamos em grandes quantidades para sobreviver, assim como a proteína e a gordura), popularmente conhecidos como açúcares. Os carboidratos são classificados em simples ou complexos. Os simples podem ser mono (glicose, frutose e galactose) ou dissacarídeos (maltose, sacarose e lactose). Os complexos são os amidos, o glicogênio e as fibras. Os dissacarídeos são formados pela combinação de dois monossacarídeos: maltose (glicose + glicose); sacarose (glicose + frutose); lactose (glicose + galactose).



Dentre os carboidratos, os monossacarídeos são as menores moléculas, pois contém apenas 1 unidade de carboidrato. Pelo tamanho, essas moléculas são rapidamente absorvidas pelo trato gastrointestinal e, nesse mesmo formato, são transportadas pela corrente sanguínea até o fígado, onde serãorsedestribuídas. Para serem absorvidos, os dissacarídeos e carboidratos complexos precisam ser quebrados em carboidratos simples.


Os carboidratos são importantes fontes de energia. A glicose é a única fonte de energia usada pelo cérebro e sistema nervoso (que os permitem funcionar de maneira adequada). Já os tecidos musculares, conseguem utilizar outras fontes de energia, como a gordura, para exercer sua função.





Quando tomamos, por exemplo, uma colher de mel, que é um dissacarídeo (sacarose), este alimento é quebrado em monossacarídeos (glicose + frutose) por enzimas presentes na boca e no intestino delgado. A glicose entra pelo sistema digestivo e é levada ao fígado, onde é redistribuída. As células que precisam de energia, capturam/retiram a glicose da circulação pelos transportadores de membrana. Dentro da célula, a glicose será quebrada e, na mitocôncria, participará de processos que disponibilizaraõ a energia da glicose num tipo de energia que o corpo consegue aproveitar (ATP).


Quando a glicose já gerou energia suficiente para suportar as funções vitais, o excesso é armazenado na forma de glicogênio, que nada mais é do que até mais de 50.000 moléculas de glicose unidas, que podem ser mobilizadas de forma rápida. Parte desse glicogênio é armazenado no fígado (25%) e a outra parte ficam armazenada no músculo.


A moderação é chave quando estamos falando em nutrição. O consumo alto de carboidratos, assim como de qualquer outro macronutriente, pode levar ao aumento de peso. Dito isso, algumas pessoas possuem necessidades aumentadas de carboidratos, como gestantes, lactantes (mulheres que amamentam) e atletas, este último grupo, tem demandas específicas a depender do tipo e do tempo dedicado à atividade física realizada – geralmente tempo superior a 1 hora/dia.


Pessoas com diabetes tipo 1 (que já nascem sem conseguir produzir insulina e devem injetar a insulina intramuscular) e pessoas com diabetes tipo 2 (insulino-dependentes ou não), devem ficar atentas ao tipo de carboidrato que consomem ao longo do dia, para não sofrerem com os efeitos da doença. É preferível consumir alimentos com baixo índice glicêmico e atentar-se ao monitoramento da glicemia. Desmaios e coma podem acontecer em pessoas que ainda não sabem manejar bem a glicemia e à sua resposta aos alimentos e à ausência deles por períodos prolongados (jejum).


Outra concenpção popular equivocada é que o consumo excessivo de carboidratos leva ao diabetes tipo II, doença cuja consequência é o aumento da glicose circulante no sangue. O aumento da glicose no sangue em decorrência do diabetes tipo II, está associado à vários desfechos negativos de saúde, como a morte por infarto e AVC, por exemplo. Contudo, o diabetes tipo II está mais relacionado ao consumo da gordura saturada (e a resposta inflamatória induzida por ela), que ao consumo do carboidrato propriamente dito. O manejo da doença, no entanto, depende da redução de consumo dos carboidratos simples e aumento do consumo de carboidratos complexos, como os integrais.


Portanto, é necessário entender uma vez por todas, que o carboidrato não é o vilão de pessoas que desejam perder peso. Ele pode, inclusive, ser um grande aliado. Alimentos com baixo índice glicêmico são excelentes opções para quem deseja perder peso. Não sabe o que é índice glicêmico? Clica aqui no nosso texto que é sucesso de audiência.





Que tal usar este macronutriente tão importante ao seu favor?

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