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  • Foto do escritorNatália P. Castro

O futuro da nutrição pode ajudar você. Você sabe como?

Hoje vocês vão entender um pouquinho do futuro da nutrição e porque o atendimento nutricional deve ser personalizado para que seja efetivo. É claro que é possível pegar formulários na internet, receitas prontas de baixa calorias, calcular o seu próprio índice de massa corporal (IMC) e muitas outras ferramentas que você também pode obter numa consulta nutricional. É a mesma coisa? Não. Mas, envolver-se com o próprio estado nutricional é fundamental, afinal, um dos sucessos do tratamento dietoterápico da obesidade é o auto-monitoramento.


A consulta nutricional envolve aspectos que abrangem a avaliação nutricional, com a realização de medidas antropométricas, possível exame de bioimpedância, anamnese e outros aspectos que vão depender do profissional que escolher. O exame de sangue também é chave e pode nos fornecer informações essenciais, como micronutrientes e quadro metabólico geral.


O mapeamento genético, que é feito a partir de amostras de sangue ou saliva, é outra ferramenta que representa o futuro da consulta nutricional personalizada. Neste exame, já disponível no Brasil, mas ainda com custo elevado, é feito o sequenciamento dos genes relacionados a nutrição, inflamação e atividade física. Isso significa que você passa a conhecer intimamente alguns dos seus genes, ou seja, a sequência das bases nitrogenadas (citosina, guanina, adenina e timina) que será responsável pela tradução daquela determinada proteína.


Mas como isso pode afetar a sua vida?


Digamos que um dos seus genes, nomeado CETP (ou proteína transportadora de éster de colesteril) – uma das enzimas responsáveis pelo metabolismo do colesterol, em uma de suas variantes, ao invés de ter um par de bases Adenina-Adenina, tem Citosina-Citosina. Essa simples modificação, chamada de polimorfismo de nucleotídeo único, pode aumentar em 43% a chance de ter aterosclerose (a doença conhecida pelo acúmulo de placa nas artérias e que, ao longo do tempo, pode culminar na sua obstrução completa e provocar derrame ou morte).


Essa informação pode modificar a terapêutica nutricional, que, a partir dessa informação, poderá ser personalizada, com preparações, alimentos e mudanças de hábitos mais apropriados para este indivíduo, incluindo ainda os demais critérios para avaliação nutricional, além do painel genético.


Aqui no Brasil, o valor varia entre laboratórios e, o mapeamento de 84 genes ligados a obesidade, inflamação, metabolismo e atividade física custa média de R$2.000,00. Nos Estados Unidos, o valor deste mesmo painel tem média de U$250,00.


Sim, ainda não é uma realidade para a vasta maioria da população brasileira, mas, com tempo, a tecnologia se tornará mais barata e o valor será reduzido. Enquanto isso, para aqueles que não tem acesso a esse tipo de exame, há outras formas de avaliarmos o estado nutricional, também visando as características e dados daquele indivíduo.


Por isso, todos os critérios de avaliação nutricional e terapêutica são individuais. Agora, com a gama de informações disponíveis, a nutrição nunca precisou ser tão individualizada e personalizada como ela é hoje.


Referências

Wang J, Wang LJ, Zhong Y et al. CETP gene polymorphisms and risk of coronary atherosclerosis in a Chinese population. Lipids Health and Disease, 12:176, 2013.


Guo SX, Yao MH, Ding YS et al. Associations of Cholesteryl Ester Transfer Protein TaqIB Polymorphism with the Composite Ischemic Cardiovascular Disease Risk and HDL-C Concentrations: A Meta-Analysis. Int J Environ Res Public Health, 5:13(9), 2016.


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