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  • Foto do escritorPriscila Koritar

Vegetarianismo


De acordo com a Sociedade Vegetariana Brasileira, VEGETARIANISMO é o regime alimentar que exclui todos os tipos de carnes, podendo ser classificado da seguinte forma:


Ovolactovegetarianismo: utiliza ovos, leite e laticínios na sua alimentação e exclui todos os tipos de carne.


Lactovegetarianismo: utiliza leite e laticínios na sua alimentação e exclui todos os tipos de carne e ovos.


Ovovegetarianismo: utiliza ovos na sua alimentação e exclui todos os tipos de carne, além de leite e derivados.


Vegetarianismo estrito: não utiliza nenhum produto de origem animal na sua alimentação.


O vegetarianismo estrito é também conhecido como veganismo. O veganismo é reconhecido como um estilo de vida, no qual, além da exclusão total de qualquer alimento de origem animal da alimentação, são excluídos também qualquer outro produto que tenha elementos de origem animal, como produtos de vestimenta, cosméticos e higiene.


Outros tipos ou subgrupos do vegetarianismo também vem sendo praticados, como o crudivorismo, no qual a dieta é baseada apenas no consumo de alimentos crus; o frugivorismo, que contempla apenas o consumo de frutas; e o semivegetarianismo (também conhecido como vegetarianismo parcial, moderado ou dieta baseada em vegetais), nos quais alguns tipos de carne podem ser excluídas e outras mantidas, valorizando, entretanto, o consumo predominante de alimentos de origem vegetal.





Apesar das estatísticas com relação ao número de vegetarianos serem questionadas, o vegetarianismo parece estar crescendo em todo o mundo. No Brasil não tem sido diferente. De acordo com o IBOPE, aproximadamente 29,2 milhões de brasileiros (14% da população) alegam ser vegetarianos.





Sabe-se que o ser humano é biologicamente onívoro. Dessa forma, alimentos de origem animal podem fazer parte da alimentação do ser humano, e são fontes de nutrientes importantes para a saúde (como proteínas de alto valor biológico, ferro, cálcio, zinco e vitamina B12, entre outros), além de serem culturalmente apreciados. Independente disso, diversos são os motivos que podem levar à adoção da dieta vegetariana. A adoção do vegetarianismo pode ser motivada por razões éticas, ligadas ao meio ambiente, à sociedade e ao bem-estar dos animais, religiosas e de saúde.


Aspectos nutricionais da dieta vegetariana


Muito se questiona sobre quão saudável do ponto de vista nutricional pode ser a dieta vegetariana. Considera-se, entretanto, que quando adequadas e planejadas, as dietas vegetarianas são saudáveis, podendo prevenir e otimizar o tratamento de determinadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Isso porque com a adoção de uma dieta vegetariana comumente ocorre aumento da ingestão de fibras, ácidos graxos poli-insaturados, vitaminas, minerais e compostos fitoquímicos, e redução da ingestão calórica, bem como de colesterol e de gorduras saturadas.

Embora possa apresentar diversos benefícios à saúde, a adoção de uma dieta vegetariana pode apresentar também alguns riscos dependendo tipo de dieta adotada, ou do planejamento alimentar. A adoção da dieta vegetariana, com suas restrições alimentares, pode levar a algumas deficiências de nutrientes, como de aminoácidos e ácidos graxos essenciais, minerais e algumas vitaminas, sendo necessário atenção especial a vitamina B12 (a qual indica-se suplementação para veganos), além acompanhamento da adequação do zinco, do cálcio e do ferro.

Uma dieta vegetariana bem planejada, composta de uma combinação de cereais, raízes e tubérculos, frutas, verduras, legumes, sementes, oleaginosas e leguminosas (além da presença de algum tipo de carne, ovos e/ou leite e derivados, dependendo do tipo de vegetarianismo) pode ser adotada em todos os estágios do ciclo de vida, incluindo gestação, lactação, infância, adolescência e vida adulta.

Para isso, o acompanhamento com um nutricionista para adequação das necessidades energéticas e nutricionais às características do indivíduo (considerando fase da vida, sexo, prática de atividade física, história pessoal e familiar de patologias, entre outras características) é indicado.



Referências


Beezhold BL, Johnston CS, Daigle DR. Vegetarian diets are associated with healthy mood states: a cross-sectionalstudy in Seventh Day Adventistadults. Nut. Jour. 2010; 9(6):7-17.


Craig WJ, Mangels AR. Position of the American Dietetic Association: Vegetarian diets. J Am Diet Assoc. 2009;109:1266-82.


Craig WJ. Nutrition concerns and health effects of vegetarian diets. Nutr. Clin. Pract. 2010; 25(6):613-20.


Haddad EH, Tanzman JS. What do vegetarians in the United Stateseat? American Journal of Clinical Nutrition 2003;78(3):626-632.


IBOPE. Disponível em: <http:// www.vista-se.com.br/ibope-numero-de-vegetarianos-no-brasil-quase-dobra-em-6-anos-e-chega-a-29-milhoes-de-pessoas/ Acesso em: 21 de maio de 2018.


Mangels AR, Messina V. Considerations in planning vegans diet: infants. J Am Diet Assoc.2001;10:670-77.


Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB). O que é o Vegetarianismo. Disponível em: https://www.svb.org.br/vegetarianismo1/o-que-e. Acessado em: 18 março 2018.

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